Hoje fica aqui um link que eu achei muito interessante.
Todos os que trabalham com programas gráficos sejam da parte criativa ou na parte de impressão já se depararam com palavras como "Absolute Colorimetric" ou "Perceptual Colorimetric". Este link tem um explicação muito sucinta sobre o que são estes e outros modos colorimétricos.
Aqui fica: http://www.creativepro.com/article/out-of-gamut-realizing-good-intentions-with-rendering-intents
15 de fevereiro de 2011
13 de fevereiro de 2011
Calibração dos Brancos - Curiosidade
Os nossos olhos, de acordo com a luz que existe no espaço em que estamos, ajustam-se. Numa situação de pouca luz continuamos a distinguir as cores dos objectos.
A maneira como os nossos olhos fazem isto é "calibrando" o branco, ou seja: os nossos olhos automaticamente procuram o ponto mais branco no espaço onde nos encontramos e imediatamente o usamos como referência ou ponto de comparação para que assim distingamos as cores. O exemplo disso é que quando estamos num local com muitíssima pouca luz, à medida que nos vamos habituando ao escuro, começamos a pouco e pouco a distinguir as primeiras coisas, que são sempre as mais brancas, as que reflectem a maior quantidade de luz. E só ao fim de algum tempo começaremos a distinguir as cores dos objectos.
A maneira como os nossos olhos fazem isto é "calibrando" o branco, ou seja: os nossos olhos automaticamente procuram o ponto mais branco no espaço onde nos encontramos e imediatamente o usamos como referência ou ponto de comparação para que assim distingamos as cores. O exemplo disso é que quando estamos num local com muitíssima pouca luz, à medida que nos vamos habituando ao escuro, começamos a pouco e pouco a distinguir as primeiras coisas, que são sempre as mais brancas, as que reflectem a maior quantidade de luz. E só ao fim de algum tempo começaremos a distinguir as cores dos objectos.
11 de fevereiro de 2011
Espaços de Cor - CMYK e RGB
Os espaços de cor que todos conhecem e estão familiarizados são o CMYK e o RGB e é destes espaços de cor que vou falar.
O espaço de cor RGB (Red, Green, Blue) refere-se às cores obtidas por decomposição da luz solar ou artificialmente mediante focos emissores de luz de uma determinada longitude de onda. Este é um espaço de cores aditivas e chama-se assim porque as cores resultam da adição de umas com as outras e se misturar-mos as 3 obtêm-se o branco. O preto é a ausência de luz.
Este espaço é usado nos monitores, televisões, projectores, scanners, máquinas fotográficas etc.
O espaço de cor CMYK (Cyan,Magenta,Yellow,Black) refere-se às cores obtidas por absorção de luz por determinados pigmentos impressos ou compostos. Quando luz é emitida contra a superfície de um objecto, este absorve e reflecte a mesma. A luz (comprimento de onda) reflectida é a que dá a cor ao objecto. Sendo que o branco é reflexão total e o preto absorção total. Este espaço de cor chama-se Subtractivo e é usado na impressão.
O espaço de cor RGB (Red, Green, Blue) refere-se às cores obtidas por decomposição da luz solar ou artificialmente mediante focos emissores de luz de uma determinada longitude de onda. Este é um espaço de cores aditivas e chama-se assim porque as cores resultam da adição de umas com as outras e se misturar-mos as 3 obtêm-se o branco. O preto é a ausência de luz.
Este espaço é usado nos monitores, televisões, projectores, scanners, máquinas fotográficas etc.
Espaço de cor RGB |
O espaço de cor CMYK (Cyan,Magenta,Yellow,Black) refere-se às cores obtidas por absorção de luz por determinados pigmentos impressos ou compostos. Quando luz é emitida contra a superfície de um objecto, este absorve e reflecte a mesma. A luz (comprimento de onda) reflectida é a que dá a cor ao objecto. Sendo que o branco é reflexão total e o preto absorção total. Este espaço de cor chama-se Subtractivo e é usado na impressão.
5 de fevereiro de 2011
Psicologia das Cores
Intrinsecamente ligado à percepção que nós temos das cores, estão associações psicológicas e culturais, que variam de cultura para cultura e de povo para povo. Na tabela seguinte estão alguns exemplos disso.
29 de janeiro de 2011
Perfis de Saída
Neste texto de hoje vou falar um pouco da minha área profissional e de algumas questões relacionadas com a cor que subjazem àquilo que eu faço diariamente.
Eu sou técnico operador de equipamentos de impressão digital de grandes formatos e como tal, todos os dias lido com variadíssimos ficheiros para os imprimir em quase todo o tipo de materiais como por exemplo vinil, lona, canvas, papel, pvc, película backlit etc.. Todos estes materiais têm composições diferentes, o que os torna também diferentes na maneira como reagem com as tintas que lhes são aplicadas. Para além disso têm também diferenças na sua brancura.Tudo isto vai fazer com que haja diferenças nas mesmas cores impressas em diferentes suportes. Apesar disto, existem formas de corrigir e anular este problema.Estou a falar de calibrações, que são formas de através de um espectofotómetro que é uma ferramenta que permite medir a luz reflectida de uma determinada amostra impressa, criar perfis de impressão para corrigir estas diferenças compensando-as com variações no débito de tinta dos vários materiais.Isto, para quem não sabe, serve para criar uma consistência de cor em todos os materiais impressos, para que não haja diferenças cromáticas quando se imprime a mesma imagem em suportes diferentes.
O que eu quero aqui mostrar é uma pequena e óbvia experiência que fiz há dias no trabalho, que de alguma forma demonstra este problema.
As Imagens seguintes são 3 impressões que fiz em 3 materiais diferentes. Vinil 80mic, Papel Gloss 200g e PVC 450mic, usando um perfil que vem originalmente com o software da máquina que o fornecedor chama de "perfil genérico" ou seja, funcionaria para diversos tipos de suporte mantendo a homogeneidade cromática.
Resultados:
De acordo com os resultados demonstrados podemos constatar que usando um perfil "Genérico", as cores variam muito de suporte para suporte. Por exemplo no caso do PVC 450mic a imagem ficou muito "empastada", isto porque o material não tem uma capacidade de secagem tão rápida quanto o papel ou o vinil que apesar de melhores, também ficaram amarelado e azulado, na mesma ordem.
Depois destes resultados vejamos então a mesma imagem, nos mesmo materiais mas desta vez calibrados, e com um perfil criado para cada um deles distintamente, de modo a existir um equilíbrio da tinta debitada com o suporte em questão.
Resultados:
É Claro que vistos através do ecrã do computador os resultados não são tão claros como eu gostaria mas apesar disso creio que são bastante notórias as diferenças.
Eu sou técnico operador de equipamentos de impressão digital de grandes formatos e como tal, todos os dias lido com variadíssimos ficheiros para os imprimir em quase todo o tipo de materiais como por exemplo vinil, lona, canvas, papel, pvc, película backlit etc.. Todos estes materiais têm composições diferentes, o que os torna também diferentes na maneira como reagem com as tintas que lhes são aplicadas. Para além disso têm também diferenças na sua brancura.Tudo isto vai fazer com que haja diferenças nas mesmas cores impressas em diferentes suportes. Apesar disto, existem formas de corrigir e anular este problema.Estou a falar de calibrações, que são formas de através de um espectofotómetro que é uma ferramenta que permite medir a luz reflectida de uma determinada amostra impressa, criar perfis de impressão para corrigir estas diferenças compensando-as com variações no débito de tinta dos vários materiais.Isto, para quem não sabe, serve para criar uma consistência de cor em todos os materiais impressos, para que não haja diferenças cromáticas quando se imprime a mesma imagem em suportes diferentes.
Exemplo de um espectofotómetro para máquinas de impressão e de um material impresso com testes para calibração. |
O que eu quero aqui mostrar é uma pequena e óbvia experiência que fiz há dias no trabalho, que de alguma forma demonstra este problema.
As Imagens seguintes são 3 impressões que fiz em 3 materiais diferentes. Vinil 80mic, Papel Gloss 200g e PVC 450mic, usando um perfil que vem originalmente com o software da máquina que o fornecedor chama de "perfil genérico" ou seja, funcionaria para diversos tipos de suporte mantendo a homogeneidade cromática.
Resultados:
Papel Gloss 200g |
PVC 450mic |
Vinil 80mic |
De acordo com os resultados demonstrados podemos constatar que usando um perfil "Genérico", as cores variam muito de suporte para suporte. Por exemplo no caso do PVC 450mic a imagem ficou muito "empastada", isto porque o material não tem uma capacidade de secagem tão rápida quanto o papel ou o vinil que apesar de melhores, também ficaram amarelado e azulado, na mesma ordem.
Depois destes resultados vejamos então a mesma imagem, nos mesmo materiais mas desta vez calibrados, e com um perfil criado para cada um deles distintamente, de modo a existir um equilíbrio da tinta debitada com o suporte em questão.
Resultados:
Papel Gloss 200g |
PVC 450mic |
Vinil 80mic |
25 de janeiro de 2011
A Percepção
Como já foi falado neste blog, todos nós sabemos distinguir as cores uma das outras desde que nos lembramos.
É-nos ensinado que todas as coisas têm uma determinada cor e assim aprendemos a distingui-las e a nomeá-las.
A pessoa de quem eu vou falar também assim aprendeu.
-"Ensinaram-me a distinguir as cores desde muito cedo, tão cedo que não me lembro quando."
Até aqui tudo nos é familiar pois a história é igual a minha e à de tantos outros a diferença é que esta pessoa não distingue as cores como a maioria de todos nós, os nomes são os mesmos mas a maneira como ele as vê é completamente diferente porque ele é daltónico.
Apesar disto ele desenvolveu o gosto pela fotografia e há muito que o faz não profissionalmente mas por gosto.
Esta mensagem neste blog serve para vos mostrar algumas fotografias dele que apesar de não percepcionar as cores da mesma forma que nós, tem uma sensibilidade para a combinação das luzes e das cores que eu pessoalmente admiro muito.
Espero que gostem tanto quanto eu.
É-nos ensinado que todas as coisas têm uma determinada cor e assim aprendemos a distingui-las e a nomeá-las.
A pessoa de quem eu vou falar também assim aprendeu.
-"Ensinaram-me a distinguir as cores desde muito cedo, tão cedo que não me lembro quando."
Até aqui tudo nos é familiar pois a história é igual a minha e à de tantos outros a diferença é que esta pessoa não distingue as cores como a maioria de todos nós, os nomes são os mesmos mas a maneira como ele as vê é completamente diferente porque ele é daltónico.
Apesar disto ele desenvolveu o gosto pela fotografia e há muito que o faz não profissionalmente mas por gosto.
Esta mensagem neste blog serve para vos mostrar algumas fotografias dele que apesar de não percepcionar as cores da mesma forma que nós, tem uma sensibilidade para a combinação das luzes e das cores que eu pessoalmente admiro muito.
Espero que gostem tanto quanto eu.
24 de janeiro de 2011
Cores quentes ou frias?
Desde que aprendemos a distinguir as cores aprendemos também a associa-las a emoções e sensações.
Quando observamos algo vermelho ou laranja automaticamente associamos ao que chamamos de cor quente porque nos remete para o fogo e para o verão e às cores frias associamos o azul, o púrpura o que nos remete para a neve a chuva o gelo, desta forma associamos assim as cores a uma determinada temperatura ou sensação de temperatura.
Ora tudo isto nos faz sentido principalmente para quem, como eu, trabalha numa área relacionada com a cor e sempre a interpretou desta forma nas conversas do dia a dia.
A temperatura da cor é um conceito que vem da física, e é baseado na teoria de que um corpo negro não reflexivo, emite radiações quando é aquecido.
Imaginemos que este corpo se comporta como uma resistência eléctrica, e tal como as resistências que conhecemos, começa a emitir radiação quando é ligado à corrente eléctrica e aumenta assim a sua temperatura.
Inicialmente, a resistência emite radiação num espectro de luz que não nos é visível, que é a faixa dos infravermelhos. Conforme aumenta a temperatura (a agitação das moléculas do corpo em questão), começa a ser emitida uma radiação que já é visível aos olhos humanos, começando no espectro do vermelho, depois no do laranja e do amarelo.
Conforme a temperatura continua a aumentar, a cor também se altera, continuando pelo espectro do verde, do azul, do violeta, até que afinal entra novamente numa faixa invisível aos olhos humanos, que é o ultra-violeta. Os cientistas identificam a cor da luz tomando como referência este corpo negro, e da luz que o mesmo emite quando começa a ser aquecido. Esta medida é expressa em graus Kelvin, cuja escala começa num zero absoluto que equivale ao absoluto repouso das moléculas do corpo em questão. Tudo isto quando falamos em luz emitida por um corpo.
Assim percebemos então que a associação que fazemos das cores às temperaturas são exactamente o inverso do que acontece porque as cores que obtemos com as temperaturas mais altas na escala de graus Kelvin são as que consideramos como cores frias e as que consideramos como quentes são as que obtemos com as temperaturas mais baixas.
Serve o exemplo abaixo para representar o mesmo.
Visto isto é engraçado sabermos que a cor de um objecto é exactamente aquela que este reflecte do espectro de cor ou seja um objecto vermelho absorve todas as cores do espectro (luz visível) menos o vermelho que reflecte.
Quando observamos algo vermelho ou laranja automaticamente associamos ao que chamamos de cor quente porque nos remete para o fogo e para o verão e às cores frias associamos o azul, o púrpura o que nos remete para a neve a chuva o gelo, desta forma associamos assim as cores a uma determinada temperatura ou sensação de temperatura.
Ora tudo isto nos faz sentido principalmente para quem, como eu, trabalha numa área relacionada com a cor e sempre a interpretou desta forma nas conversas do dia a dia.
A temperatura da cor é um conceito que vem da física, e é baseado na teoria de que um corpo negro não reflexivo, emite radiações quando é aquecido.
Imaginemos que este corpo se comporta como uma resistência eléctrica, e tal como as resistências que conhecemos, começa a emitir radiação quando é ligado à corrente eléctrica e aumenta assim a sua temperatura.
Inicialmente, a resistência emite radiação num espectro de luz que não nos é visível, que é a faixa dos infravermelhos. Conforme aumenta a temperatura (a agitação das moléculas do corpo em questão), começa a ser emitida uma radiação que já é visível aos olhos humanos, começando no espectro do vermelho, depois no do laranja e do amarelo.
Conforme a temperatura continua a aumentar, a cor também se altera, continuando pelo espectro do verde, do azul, do violeta, até que afinal entra novamente numa faixa invisível aos olhos humanos, que é o ultra-violeta. Os cientistas identificam a cor da luz tomando como referência este corpo negro, e da luz que o mesmo emite quando começa a ser aquecido. Esta medida é expressa em graus Kelvin, cuja escala começa num zero absoluto que equivale ao absoluto repouso das moléculas do corpo em questão. Tudo isto quando falamos em luz emitida por um corpo.
Assim percebemos então que a associação que fazemos das cores às temperaturas são exactamente o inverso do que acontece porque as cores que obtemos com as temperaturas mais altas na escala de graus Kelvin são as que consideramos como cores frias e as que consideramos como quentes são as que obtemos com as temperaturas mais baixas.
Serve o exemplo abaixo para representar o mesmo.
Visto isto é engraçado sabermos que a cor de um objecto é exactamente aquela que este reflecte do espectro de cor ou seja um objecto vermelho absorve todas as cores do espectro (luz visível) menos o vermelho que reflecte.
A Cor
O que é a cor?
Esta é uma questão que dificilmente colocamos a nós próprios pois desde pequenos somos ensinados a distinguir as cores umas das outras. Apenas nos disseram que isto é vermelho, aquilo é laranja, aquela cor é azul e desta forma aprendemos a distinguir cada uma.
De facto tudo isto é verdade mas quando realmente investigamos o que é a COR descobrimos que esta não faz parte das propriedades físicas de um objecto mas é sim uma SENSAÇÃO.
Os nossos olhos transmitem ao nosso cérebro informação proveniente da interpretação da luz para podermos assim "construir" as cores que tanto temos necessidade de catalogar para podermos distinguir o espaço dos objectos.
Esta é uma questão que dificilmente colocamos a nós próprios pois desde pequenos somos ensinados a distinguir as cores umas das outras. Apenas nos disseram que isto é vermelho, aquilo é laranja, aquela cor é azul e desta forma aprendemos a distinguir cada uma.
De facto tudo isto é verdade mas quando realmente investigamos o que é a COR descobrimos que esta não faz parte das propriedades físicas de um objecto mas é sim uma SENSAÇÃO.
Os nossos olhos transmitem ao nosso cérebro informação proveniente da interpretação da luz para podermos assim "construir" as cores que tanto temos necessidade de catalogar para podermos distinguir o espaço dos objectos.
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